sexta-feira, 22 de junho de 2007

Algum lugar - 2

Pela milésima quinta vez, Jorge me desafia: “Não podemos ficar assim, sem agitar, sem reconhecimento”, “precisamos produzir algo”, me cobra ele. E, mais uma vez, tento me esquivar. Mas ele é japa, já flertou com todas as artes marciais. Seus golpes, se não tão precisos, são certeiros. Inútil resistir. Tento questionar, e ele diz: “sou seu mestre”, e replico, contrariado: “mestre o caralho, você é meu amigo, então me ouça e fique calado”. Mais uma vez a coisa termina assim, com cada um espetando sua espada na terra e abandonando o local da contenda devido a uma grande inundação que vai chegar, prontos para retornar depois e continuar a esgrimia, tudo isso conforme história de Ito Ogami que ele me conta, e que recentemente teve suas histórias republicadas.

Sei lá, de repente uma hora ele acaba conseguindo. Sempre tive espírito caiçara demais pra tocar coisas mais profundamente. Tenho uma queda por me encostar e ficar só na flauta. Se tiver uma rede, melhor ainda. Por isso, sempre precisei de empurrões pras coisas funcionarem. Enfim, o blog teve início. Vamos ver no que dá. Evoeh!

A seguir: “Esconde-esconde com a morte”, uma aventura no Japi

2 comentários:

  1. Este é o notório desencalhe da baranga. Finalmente, o Del Giorno mexeu aquele big fat ass, copio o Greenpeace descarado.
    História pra contar esse dorminhoco tem, veremos se agora ele conta: seu funcionário público!!!!
    Larga a preguiça, sô!
    ABRAÇÃO DO TEU IRMÃO
    Mia

    ResponderExcluir
  2. O jorge acha que todo mundo tem tempo sobrando que nem ele...
    Sou um cara respeitável, meu caro, emprego fixo, nome a zelar etc. e tal.
    Esse negócio de teatro, bonequinhos e ficar escrevendo é coisa de você sabe que tipo de pessoa...
    abraço!

    ResponderExcluir