quinta-feira, 30 de abril de 2009

Terrestres: Gripe? Que gripe?

  • Meu amigo Caio está morando no México. Escrevi para saber da tal gripe suína, que de suína parece que só tem o nome. E ele me veio com esta pérola que pode derrubar os mais ternos correspondentes de endemias de plantão. Por fim, ele também parece estar como vírus sem rumo, podendo ser despachado para outras paragens bem menos amenas. Bem, boa sorte amigo, se for o caso, prefira o Zimbábue, acho que é menos "quente".

Fala ! Aaaaaatchim! Perdão!

Vc ficaria doido em ver como se manipula a informação. Uma pérola jornalística.

A Globo mostra as ruas desertas. Acho que vão às 5 da manhã para mostrar tudo deserto. Hj pra vir ao trabalho peguei o maior trânsito...

Não conheco ninguem que tem, teve ou conhece alguem com a tal da gripe. Mínimo estranho, não?

Como todo país latino, ninguém gosta de trabalhar e se aproveitam da situação. Se fosse no Brasil já tava todo mundo na praia e nos bares. Só faltaria o trio elétrico.

O que é um peido pra quem tá cagado? Esses dias teve um terremoto de 5,6 graus...aí sim me borrei todo! Agora só faltam os vulcões entrarem em erupção e recomeçamos tudo a partir dos astecas.

Eu que achava que tinha me dado bem. Me parece que vou ser transferido pro Haiti ou Zimbábue...depois ainda vêm com aquela historinha de Dubai...FDPs.

Acho que vou pra Londres* passar um fim de semana

abs Caio

  • * A historinha de Londres é uma piadinha de caserna, não é literal e não é pra entender, mesmo, só pros iniciados...

terça-feira, 21 de abril de 2009

This guy is the man, cara!

  • Putz, Lula é o cara. Agora também no South Park. O cara já foi imortalizado, coitadinhos dos despeitados new liberex.




  • Por falar no corintiano mais famoso at the planet, coisa fina a vitória do Corinthians em cima do SPFC. Coisa fina, fina. Uma alegria de verdade.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Tagarelice com birita

Havia algo de bastante arrogante naquele sujeito. Na mesa ao lado, tagarelava com uma amiga, ou mais parecia uma futura caça que dali a pouco estaria numa cama com ele, isso se ele parasse de matraquear um pouco. Falava mais que ela, o que já era sinal de algum tipo de egocentria exacerbada.

Devia ser paulistano ou paulista, dizia alto que as pessoas em volta eram provincianas, que quando o “Paulão” havia falado exatamente aquilo, ele havia concordado plenamente: “A-qui-é-lu-gar-de-pes-so-as-pro-vin-ci-a-nas”. Não sei se falava alto e com tanta ênfase para ser ouvido. O fato é que eu estava bem de lado para ele, na mesa imediatamente à sua frente, e cada sílaba dele se intrometia pelo meu canal auditivo adentro. Impossível deixar de ouvir. Sua companheira deve tentado protestar, rebaixando o tal do “Paulão”, mas o cara, com voz grave, continuava sua metralhadora verbal. Eu havia perdido um ou dois detalhes do breve entrevero, estava ocupado demais pedindo uma caipirinha ao garçom, mas captei a essência do diálogo. “Agora você me deixou puto. Vem questionar a masculinidade de meu amigo. Isso é o tipo de coisa que, pra mim, não tem nenhum cabimento, mostra que vocë na verdade está na defensiva e não tem como se defender do que eu estou dizendo…”, e por aí foi.

A menina, bonita e suficientemente gostosa, parecia muda, mas ela falava. Na verdade, pouco podia se ouvir de sua voz, não sei se por minha posição, pela insignificância mental dela ou pelo fato de o cara monopolizar totalmente a situação. Enfim, sobre São Paulo, ele dizia que “lá, sim, as coisas são diferentes” e coisas do tipo. Patacoadas e tal.

Barbinha vindo das têmporas e cavanhaque impecavelmente feitos, fininhos tipo tocador de pagode emo, camisa branca, gravata listrada azul marinho e branca, blazer azul marinho na guarda da cadeira, o visual indicava algum tipo de “representante comercial”, um eufemismo para vendedor. O cara não sossegava. Na TV em frente, tentei, sem sucesso, prestar atenção a um clipe de início de carreira da Tina Turner em um programa de auditório em transmissão pra lá de PB, seguida por outra do Deep Purple em fim de carreira tocando pela bilionésima vez Smoke on the Water e um do Oasis com Definitely Maybe, mas não consegui nada.

Tentando abafar, e não precisava tanto porque a garota ja tava fisgada, era só arrastar pra qualquer canto e baixar as calcinhas, ele resolveu desfilar seus conhecimentos culturais. Discorreu sobre cenas de dois ou três filmes que a menina, obviamente, nunca tinha ouvido ou visto na vida. E lascou: “Um filme que eu acho demais, e o ator acho que é macho paca, é aquele que o cara tem um táxi e é psicopata, o ator é o Al Pacino˜. Ai comecei a ficar incomodado. Depois de algumas outras cenas de filmes porcamente descritas, ele veio, não sei por que catzo, falar sobre atores brasileiros. A boiolice foi total. Quando ele disse: “Agora, um cara que eu acho que tem presença pra caralho é o Vitor Fasano”, daí eu resolvi que a caipirinha com Brahma Extra tinha feito estrago demais. Pedi a conta e saí. Também, ninguém manda ficar ouvindo conversa dos outros, ainda mais esse tipo de outros.