terça-feira, 14 de agosto de 2007

Terrestres

  • Ser ou não ser

>Curitiba quer ser grande. Mas ainda é meio matuta no sentido pejorativo do termo. Quer ser sofisticada, mas no quesito qualidade na prestação de serviços e comprometimento não chega nem a ser um burgo. Está mais pra escambo pré-mercantilista. Você compra, o cara não entrega. Quando entrega, entrega errado. Quando você pede pós-venda, se o cheque já foi compensado, esqueça, nunca mais verás a face do gajo novamente.

Em mais uma noite fria desse inverno vai não vai, fica não fica, eu e Jorge, pra variar, fugindo das neuras domésticas, fomos procurar um canto pra afogar as amarguras. Depois de procurar uma pizzaria no meio do nada, que fechou, fomos para a matriz dela, na rotatória do posto Ventania, em Santa Felicidade. A pizza de lá é a melhor do bairro. E não é das melhores, pra se ter uma idéia. Ambientezinho asséptico, o salão tinha 13 mesas – tive a pachorra de contar - e mal comportava a meia dúzia de garçons vestidos a rigor com seus aventais de pizzaiolo.

Beleza, Originais geladas tinha. E pizza também. E nós conseguimos bons brainstorms pra uma nova versão do Santo que estamos pensando pro ano que vem. Coisa pra ganhar algum larjã. Quem sabe.

Daí que justamente pelo local reduzido e pelo grande número de profissionais etiquetados do atendimento, não conseguíamos conversar direito. A cada dois minutos vinha um garçom diferente. “Deseja alguma coisa, senhor?”. “Vai pedir agora, senhor?”. “Posso colocar mais um pedaço em seu prato, senhor?”. “Mais uma cerveja, senhor?”. Não dava nem pra olhar pro lado que já vinha um deles nos oferecer algo que, sabidamente, iríamos recusar. Pôuuurrrra! Em suma, depois de comer uma pizza, chamar uma pra viagem e tomar umas poucas, nos sentimos compelidos a sair do ambiente.

Parece que toda competência no atendimento da cidade se reuniu em um salão de quatro por três metros. O que também é profundamente irritante.

2 comentários:

  1. ah, sergio, vâmo combinar: curitiba é capital das mais provincianas. é o mínimo que eu posso dizer de uma cidade em que a garçonete do café me disse que "é proibido beijar no salão".

    puta merda...

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  2. ukê??? queíss bich! me mata de vergonha!

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