Na quinta-feira, 30/8, teve leitura de textos do Manoel Carlos Karam lá no ACT, em Curitiba. Espaço bom pra apresentações. Não foi bem uma leitura. Estava tão bem montado, o recorte e colagem de vários textos de vários livros – de inéditos, inclusive – tão bem concatenados, que parecia um espetáculo (quase) pronto. Os atores, de forma despojada e sem afetação, dentro da máxima de que menos é mais, fizeram uma hora e meia de agradável viagem pelo universo karaniano, cheio de surpresas, de ciclos, voltas, reviravoltas e diálogos impagáveis.
O pior de tudo é que, quando ouvimos ou lemos textos do Karam, no fundo no fundo percebemos que eles não são absurdos como podem parecer a uma primeira olhadela. São elementos quase reais, apenas armadilhas de lógica e raciocínio, com um humor refinado e contundente. Coisas pra pensar e se deliciar.
Em suma, não foi apenas uma leitura dramática, foi um espetáculo. O fato de os atores lerem os textos é ideal para esse caso, de uma coletânea de um dos maiores escritores brasileiros desta e de outras atualidades. Karam paira sempre, às vezes em offs, como personagem oculto.
Os livros em cena, eles próprios – Cebola, Fontes Murmurantes, O Impostor no Baile de Máscaras, Comendo Bolacha Maria no Dia de São Nunca, Sujeito Oculto, Encrenca, Pescoço Ladeado Por Parafusos e outros – também se tornaram personagens, elementos de cena, sujeitos na ação.
Parabéns ao Bruno Karam, à Nadja e aos atores Michelle, Alexandre, Luiz Felipe e Diego. E ao Karam é claro. Como disse o Bruno, o texto ajuda bastante, afinal de contas.
Que venham os Taedos!
e eu não pude ir... :(
ResponderExcluirque bacana... a nadinha acabou de passar um mail com o seguinte: dica do karam... era esse endereço... legal demais... o karam e as farras dele... abraço... luiz felipe leprevost...
ResponderExcluirLeleca, melhor sorte na próxima vez.
ResponderExcluirLFL, Karam é o kara!
Abs