segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Terrestres – Lixo e outros consumos

  • > Faz tempo que não posto. Falta de inspiração e tempo. Com um mês de atraso queria lembrar algumas coisas de uma semaninha que passei em Santos.

    >> É incrível como cidades como São Paulo e Santos são uma negação em reciclagem de lixo. Em São Paulo, desde que Maluf assumiu, a coisa degringolou de vez. O povo continuava fazendo esforço de ir até os pontos com os tambores de coleta, separavam os materiais e tudo o mais. E depois, tchuuummm, vinha o caminhão de lixo orgânico e misturava tudo. Palhaçada. Em Santos, há vários anos, a cidade passou por uma pequena revolução, com a limpeza das praias, novos serviços, estímulo cultural e separação de lixo. Rolava bem, mas agora vi que a coisa está meio capenga. Os edifícios e condomínios, grande maioria na ilha cada vez mais saturada de prédios, não se mobilizam em separar o lixo.
    E pelo jeito a prefeitura também não faz nenhum tipo de campanha. É horrível. Fiquei no apê da minha irmã e sempre separava os recicláveis, não conseguia, por mais que tentasse, misturar o lixo, que, no fim, tinha o melancólico destino daquele de São Paulo, do Maluf: tudo indo junto pro aterro. Dá uma dor no coração. Se Curitiba consegue ter uma separação e coleta razoável de lixo reciclável, por que São Paulo, não? Vão dizer porque tem muita gente? Mas os impostos são proporcionais, porra.

    >>> Em Curitiba, a coisa é legal porque há coleta do caminhão na porta. Embora lá em casa a gente separe pra dona Nina, uma catadora de seus setenta anos super ágil. Ela passa o dia indo e vindo com um carrinho de mão. Junta tudo em casa e leva pro câmbio verde, que troca o lixo por verduras e legumes. E as associações de catadores também são bastante organizadas.

    >>>> Outra coisa ruim acontecendo: torres e mais torres de apartamentos subindo em tudo quanto é canto. O zoneamento, que já não era lá essas coisas, está indo pras picas. E os tradicionais clubes da Ponta da Praia estão largados, com empreiteiras de olho pra mandar as escavadeiras em cima pra colocar mais prediões na orla.

    >>>>> Mas tem coisa legal em Santos: banda Candieiro. Tem um flautista fantástico, chamado Mogi, que toca de tudo: flauta transversal, flautas de bambu, flauta doce. As de bambu ele mesmo faz. O vocal/violonista, o baixista com jeito de metaleiro e o baterista também são bons. Boa pedida. Tocam no Torto. É só ver.

    >>>>>> Um lance bom pra criançada é o passeio de bondinho pelo centro histórico. Valongo, Panteão dos Andradas, Bolsa do Café etc. Quer dizer, fora esses, muitos dos prédios do centro estão em verdadeiras ruínas. Mas alguma coisa sendo recuperada. João Pedro aprovou a diversão. É isso por hora. Inté.

Nenhum comentário:

Postar um comentário