quinta-feira, 24 de março de 2011

Que falta fazem alguns neurônios e cérebros


O cartunista Solda se envolveu em uma enrascada tramada pelo kafkiano (baixo) nível cultural do brasileiro médio. Gente sem rancor, alegre, camarada e democrática, à esquerda e à direita, como todos sabem. O paraíso, essa é a Terra Brasilis.

O elemento fez uma charge em que falava que o rapapé pro Obama teria quitutes dionisíacos e... “banana, muita banana”. A figura era de um macaco com cara de safado fazendo a famosa banana com os braços (veja acima). Nada de mais? Nem tão engraçada? Não tão clara em suas intenções? O cara não teve competência pra dizer o que pensa?  Não se julga isso, gosto não se discute e esse é outro papo. Só que a casa caiu quando o dileto Paulo Henrique Amorim, em sua cruzada “progressista” radical esquerdista pero-no-mucho pos soy amigo do bispo, colocou a charge em discussão dando a entender que ela era racista. Assim, sem mais, sem explicar o porquê nem buscar uma defesa do acusado. Execração pública sem direito a réplica.

Bastou para que milhares de pessoas entrassem defendendo e apunhalando o autor. De imediato, como é sempre praxe, o jornal online Estado do Paraná o mandou pra rua. Desse jeito, do mesmo modo com que o prefeito “socialista” de Curitiba, Il “Ducci”, disse que iria rescindir e estatizar os radares de nossa querida capital ecológica quando houve a grande denúncia das empresas no Fantástico, sem dizer de onde tirará os milhões pra pagar a multa rescisória e para comprar e pagar pessoal para gerir os equipamentos. Pá-pum, tudo resolvido, varremos as discussões pra baixo do tapete e não se fala mais nisso.

No caso do Estadinho do PR, como em outros jornalões e em muitas empresas, normalmente o proleta acaba sendo usado para aplacar a ira da choldra ignorante. Simples assim.

O que ninguém quer ver e não vê é que o cara tava dizendo que éramos nós os macacos a dar uma bananada pro Obama. Tipo: chega disso, a macacada agora tá atenta e de olho e ninguém mais canta de galo em nosso terreiro. Sim, pois nós não somos macacos? Claro que somos. Animais espertos que só, se dão bem sempre, pois não se deixam enrolar. O deus-macaco chinês é venerado, então por que não os veneramos também? Mas não. O brasileiro pensa: “macaco? Não sou eu, pois sou lindo, bundudo, simpático, tolerante e pacifista. Portanto, deve ser o Obama. Racismo!”

Benzadeus. Tamos todos ferrados. TV e Veja de consultório demais dá nisso...

4 comentários:

  1. O tal do PHA, este proto-comunista que vive de benesses públicas, é o tal que a propósito de desqualificar o tucano Serra caricaturiza o Padre Cícero, o "santo" de boa parte dos nordestinos. É o protótipo de preconceituoso e do babaca provinciano, para quem nada em SP presta e qualquer baboseira carioca é o máximo da civilidade. É nas mãos desse tipo de gente que a classe mérdia come, inclusive aquela mínima parcela que se acha esclarecida.
    Márcio Tadeu

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  2. É mano véio! Quando o bateau é too much! É melhor pular fora!

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  3. Mas só sobrou pro Solda? E o editor? É sobrinho do dono? Filho? o DONO? E a degola geral? Só o Tiradentes não vale.

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  4. É, o editor tava no banheiro quando resolveram publicar a bagaça, então a cagada remunerada salvou a pele do dito cujo.

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