quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Terrestres - Momentum

É engraçado.
As coisas mudam.
Mas não saem do lugar.
Ontem mesmo tive traumas, alegrias, experiências comuns, poucas extasiantes.
Hoje não lembro nem o que comi no almoço.
Talvez não se saiba onde queremos chegar.
Mas não sabemos sequer se nos movemos.
Espaço, tempo, memórias?
Qual é a dimensão que ocupamos, afinal?
Será um estático momento capturado no tecido do que chamamos de realidade?
Mas qual?
Qual é a cor do teu vermelho, caro irmão?
Que cheiro tem a tua cidreira, irmã?
A que tipo de loucuras o amor leva você, prezado companheiro?
Ou em que bizarra retidão o mesmo amor pode te encarceirar, querida amiga?
O que era suficiente deixa de sê-lo.
O que era ameno torna-se áspero.
O passo certo agora foge aos pés.
Tua sombra não luta mais, triunfante sobre o próprio dono.
O afã das respostas, cara alma, só trará ânsia.
Trará um mundo em dimensão negativa.
Colapsado sobre si próprio.
Até restar uma ideia do que seja
um nada.

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