sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Terrestres - A poesia do mercado

  • Não é lindo? Um dia um cara biliardário, babaca, americano, resolve ganhar mais dinheiro ainda. Liga pra um monte de gente de sua estirpe, todos cheios da grana do círculo de Palm Beach a Aspen, das coberturas da Quinta Avenida às praias do Big Sur, e diz que tem um esquema bárbaro para, adivinha o quê?... Ganhar mais dinheiro, é claro, com taxas absurdas e irreais de retorno financeiro. Os trouxas – e como tem trouxa no mundo! – pegam tudo o que têm – e não é pouco – e dão pro cara. Alguns hipotecam até suas mansões, afinal, viram outros colegas que investiram com o pulha tirarem grana a rodo saindo pelo ladrão. E taca a mandar grana pro gajo no golpe mais velho do mundo: a pirâmide. Esse cara é o tal do ex-presidente da Bolsa Nasdaq, Bernard Madoff, e o rombinho no cu dos outros ficou em cerca de 50 bilhões de dólares, por cima. Hoje, alguns dos milionários que deram a grana pro cara estão a procurar emprego como frentista, homem-sanduíche e quetais. Ah, nada como a doce (i)lógica do capitalismo. E sobra até sujos e rotos falando do mal lavado: o Donald Trump dizendo que o Madoff é “podre”. Pode?

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